
Caro(a) colega,
Dirijo-me a todos os engenheiros técnicos enquanto candidato ao cargo de bastonário da Ordem
dos Engenheiros Técnicos e primeiro subscritor de uma lista candidata aos Órgãos Estatutários, Nacionais e
Regionais, da nossa Ordem.
É, para mim, um momento marcante porque serei candidato a bastonário da OET, num momento que
pretendo que seja simultaneamente de consolidação, continuidade e de renovação.
Entendo que este é um momento de continuidade porque, na lista que organizei e da qual sou o
primeiro elemento subscritor, conto com o apoio de um grande número de colegas que fazem
parte desde há muitos anos dos cargos principais da nossa Ordem.
Orgulho-me de poder contar com a quase totalidade dos colegas que convidei e que se
disponibilizaram para, novamente, assumir responsabilidades na gestão da Ordem,
proporcionando a transferência da experiência e de conhecimento que é absolutamente fundamental para o
desenvolvimento da nossa Ordem. Eles serão fundamentais no próximo mandato…
Caso a tentação de mudança radical tivesse sido o caminho escolhido, e não foi, esta
experiência e este conhecimento seriam, pura e simplesmente, desperdiçados. Assim, conto com todos os
que nos quiseram ajudar, nesta fase de transição e renovação, num desafio que será, no mínimo,
muito aliciante.
Mas este é, também, um momento de renovação, porque a geração de que
faço parte tem de ser capaz
de preparar as gerações seguintes para liderarem os destinos da nossa Ordem, no curto e no
médio
prazo. E isso é tarefa que não se faz de um dia para o outro, requer tempo e
envolvimento.
Por isso, fiz questão de integrar as gerações mais jovens nos órgãos nacionais e regionais,
dando representação, nos órgãos estatutários, a uma faixa etária mais jovem que poderá
assegurar
com grande qualidade e eficácia a continuidade da representação da classe e também eles
poderem
dar seguimento ao desiderato da renovação dos interesses de uma classe com história na
Engenharia Portuguesa.
Os jovens têm de ser capazes de sair do “conforto” de terem tido uma geração que os
representou
toda a sua vida, e passar a assumir um papel de maior protagonismo e presença na vida diária
da
OET. Foi assim que fizeram connosco e é assim que queremos fazer com a geração
seguinte…
Esta candidatura pretende dar corpo a uma lista de união e fazer as necessárias pontes,
constituindo-se como uma parte que une as gerações que nos precederam, a geração que nos
lidera
no presente e as gerações que, no futuro, nos irão liderar.
Apresento-me a este mandato com um programa eleitoral ambicioso, com várias ideias-força que
lhe
estão subjacentes, e que me proponho implementar juntamente com todos os quase 200 colegas
que
aceitaram integrar a minha lista.
A OET tem de continuar a trilhar o caminho de representação dos Engenheiros Técnicos, em
Portugal e no mundo. Este é um dever inalienável que nos foi transmitido pelas gerações de
Engenheiros Técnicos que nos precederam e que iremos transmitir às que nos irão
suceder.
Temos as nossas referências e os nossos valores e queremos percorrer todos os caminhos que
continuem o processo de afirmação da nossa classe em Portugal e em todo o mundo.
QUEREMOS CONTINUAR A SER UMA ORDEM QUE:
- Representa todos os diplomados com um curso superior em engenharia, não segregando ninguém;
- Atribui competências profissionais a quem demonstra possuir a qualificação adequada;
- Não cria barreiras ao acesso à profissão, mas antes a organiza e regula;
- Não complica o exercício profissional dos seus membros, em cada uma das suas competências;
- Está na vanguarda dos serviços que proporciona aos seus membros;
- Garante a confiança pública na atividade dos seus membros e deste modo dignifica o exercício da profissão de Engenheiro Técnico.
Já passaram 25 anos (uma geração, portanto) sobre a criação de uma associação profissional
de direito público que representa os Engenheiros Técnicos, a ANET - Associação Nacional de
Engenheiros Técnicos, criada em setembro de 1999.
Hoje todos nós damos como adquirida a existência da OET e a
sociedade reconheceu, com
naturalidade, a Ordem dos Engenheiros Técnicos, que integra um vasto leque de organizações
de
regulação profissional.
Passados 25 anos sobre essa data, reconhecemos que a necessidade de uma
representação forte e cada vez mais assertiva sobre os motivos da existência da OET se
mantém,
assegurando a representação profissional a TODOS os diplomados com um curso superior em
engenharia.
Face a tudo o que anteriormente descrevi, a existência da OET como entidade representativa
dos
engenheiros técnicos e reguladora da nossa profissão, é um tema que está para nós claro e
adquirido.
É para mim evidente que a OET continuará a ser, cada vez mais, uma referência na regulação
das
profissões em Portugal, nomeadamente do exercício da Engenharia com especificidades e
responsabilidades características das Profissões Liberais.
Também queremos continuar a ser, mais ainda, uma ordem a olhar para o futuro de frente, com
os
olhos postos nos desafios que se nos colocam a médio e a longo prazo, caminhando a passo
firme
na direção de uma afirmação aliada à modernidade que nos caracteriza. O caminho faz-se
caminhando, e só assim faz sentido como lema de atuação.
E, para isso, conto com uma equipa renovada, que alia à “experiência” a “vontade de fazer”,
que
alia o conhecimento e a história com a firme convicção do valor que os Engenheiros Técnicos
sempre demonstraram na participação da construção de uma economia de valor acrescentado para
Portugal e para o mundo, sempre na vanguarda da tecnologia e do conhecimento técnico e
científico.
Esta particularidade vai-nos permitir servir ainda melhor os nossos membros,
proporcionando-lhes
as melhores condições para o exercício da profissão, com a afirmação e o reconhecimento
públicos
da competência e qualidade sempre demonstradas pela nossa classe profissional.
À sociedade, em geral, a OET assegura que os seus membros continuarão a prestar, cada vez
mais,
serviços de elevadíssima qualidade e sempre na senda do rigoroso cumprimento do seu código
deontológico.
Para isso, é fundamental abrir a ordem um pouco mais à sociedade e à
juventude, continuando a
demonstrar publicamente que a Ordem dos Engenheiros Técnicos, em apenas 25 anos, já se
tornou
numa referência na regulação das profissões liberais em Portugal.
Mas não chega sabermos que somos uma referência, reconhecida pelas nossas congéneres.
Queremos
crescer e aumentar de forma sustentada o nosso número de membros, no próximo mandato, de
forma a
podermos continuar a afirmação da profissão.
Neste momento da nossa história coletiva, passados 25 anos sobre a criação da nossa
associação
profissional de direito público, creio que já não se coloca a necessidade de afirmar o ser e
saber ser engenheiro técnico (uma frase que esteve sempre presente em todas as nossas
campanhas eleitorais) dado que há muito tempo que somos (e sabemos ser) Engenheiros Técnicos…
Julgo ser chegado o tempo de “estar, e saber estar, na engenharia”... no lugar que é nosso
por direito e que, pelas mais variadas razões, não tem sido possível afirmar na sua
plenitude.
José Manuel Sousa
Engenheiro Técnico Civil